Ronaldinho aparece com Pepsi em coletiva e perde contrato com a Coca-Cola
Meia do Atlético Mineiro deixará de faturar 1,5 milhões de reais com publicidade da marca
REDAÇÃO FENAPAF - MARKETING
Coca-Cola ou Pepsi? A guerra dos refrigerantes parece ter saído das prateleiras do supermercados e chegado ao futebol. Mais especificamente com o atleta Ronaldinho Gaúcho.
Patrocinado pela marca líder mundial de refrigerantes desde sua chegada ao Flamengo, Gaúcho deixou a Gávea após ação na justiça e transferiu-se para o Atlético Mineiro. Até ai tudo certo. Mesmo com o novo clube, o contrato com a marca seguia vigente até 2014 e uma nova estratégia seria adotada pela empresa.
Ronaldinho, no entanto, e não sabe-se o porquê*, apareceu na coletiva de imprensa com duas latas de Pepsi à sua frente, dando justa causa a uma rescisão unilateral por parte da empresa.
Em uma curta nota, a marca diz reconhecer a trajetória e o valor do jogador. "No entanto, tendo em vista a significativa alteração das condições sob as quais foi selada a parceria, a continuidade da relação tornou-se inviável". Gaúcho faturaria com cerca de 1,5 milhões de reais até 2014.
"O que o Ronaldinho fez, independente de existir uma Guerrilha Marketing por parte da Pepsi, como um contrato mais atrativo, coloca em xeque a idoneidade de toda a classe de atletas. Não pela honestidade dos demais, mas sim pela observação por parte das empresas de como os atletas de ponta lidam com seus contratos. Foi um verdadeiro desserviço à categoria", avalia o publicitário Fábio Giannelli, da Trade Comunicação, empresa que há 12 anos atende o mercado publicitário e possui em sua carteira de clientes nomes como o próprio Sapesp, Brunoro Sport Business, Audax-SP, volante Paulinho, Federação Nacional de Atletas, entre outros.
"As marcas poderiam dar mais atenção à formação de atletas. Um contrato nesses moldes do Ronaldinho ajudaria a criar ainda mais talentos para as Olimpíadas de 2016 e para a Copa de 2018", receita Giannelli.
* A Pepsi patrocina o Galo, mas o atleta tem o direito de recusar a marca em exposições públicas devido ao patrocinador ser concorrente.
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