A FENAPAF encaminhou à CBF uma proposta de alterações no calendário do futebol brasileiro de 2018. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais procura que a entidade máxima do futebol no País dialogue previamente com as entidades representativas dos atletas e dos treinadores.
''Nossa relação com a CBF sempre foi de respeito mútuo, mas é injusto que o calendário do futebol brasileiro não seja discutido com os protagonistas do espetáculo. Ignorar a palavra do atleta não parece ser a melhor estratégia'', avalia o presidente da Fenapaf, Felipe Augusto Leite.
O Clube de Capitães da própria FENAPAF vem sendo consultado e tem garantido apoio às demandas propostas a fim melhorar o nível das competições e garantir mais empregos aos atletas, tanto que organizou um protesto em maio e promete novas medidas se necessárias para os próximos meses, sempre contra a precarização da profissão de jogador de futebol.
Uma das reivindicações é a alteração no calendário para permitir uma inter pré-temporada no período da Copa do Mundo. Sobre a pré-temporada propriamente dita, a entidade pediu a obrigatoriedade da mesma, após as férias coletivas de 30 dias.
A entidade também pede que se condicione a inscrição de atletas no BID (Boletim Informativo Diário da CBF) à exigência da assinatura da carteira de trabalho e previdência social.
Outras demandas se referem à forma de disputa das séries C e D do Brasileiro, com a igualdade na forma de disputa da Série C à divisão principal e à Série B, e modificação no regulamento da Série D para que seja evitada a exclusão de 60% dos clubes já no mês de junho e consequentemente incremento de desemprego entre os jogadores de futebol.
''O modelo das divisões de acesso não favorecem a profissionalização do futebol brasileiro. Hoje, início de junho, 80% dos clubes brasileiros estão parados. Isso contribui para o amadorismo do nosso futebol e para a demissão em massa dos nossos atletas, gerando cada vez mais demandas judiciais'', argumenta Felipe.
Em tempos de mudança na estrutura do esporte nacional, o presidente Felipe Augusto Leite acredita que soluções poderiam surgir a partir da organização de um grande debate entre governo federal, CBF, Fenapaf, Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol, entre outros.