Conversando com 84
O ano que se aproxima anuncia algo trágico para a maioria dos atletas de futebol profissional no Brasil.
Teremos um 2018 pior por ser ano de Copa do Mundo, evento no qual os melhores desfilam suas habilidades enquanto a maioria da qual falei, verá seus sonhos fulminados pela indiferença.
O mês de junho no Brasil apresenta uma contradição continental no universo futebol. Daí em diante apenas 15% dos clubes profissionais permanecem em atividade, percentual agravado para menor com o passar dos meses.
Apesar deste quadro anômalo, tudo é feito contrário à Norma, que prevê aos contratos o mínimo de 3 meses.
Como isto, se a Série D elimina 60% dos clubes no primeiro mês de competição?
A questão toma contornos mais agressivos diante dos efeitos do desemprego que nosso calendário provoca às famílias, na sociedade, na dignidade dos atletas, que veem surgir no horizonte das suas perspectivas profissionais uma realidade sem alternativa: mudar de atividade profissional.
De uma vez por todas, a FENAPAF realça que nosso futebol não é propriedade apenas dos grandes clubes, atletas afamados e milionários. Não!
Já somos 18 mil guerreiros atletas de futebol profissional que temos o sonho pueril de apenas exercer nossa profissão, direito de realizá-lo apenas pelo trabalho digno, nada mais. Do todo, vocês 84% que recebem apenas um salário mínimo também precisam trabalhar o ano todo e merecem respeito e respostas, afinal de contas também são brasileiros.