REDAÇÃO FENAPAF
Terminou na tarde desta terça-feira (22) o Fórum Racismo no Futebol, que aconteceu em um hotel da zona Oeste do Rio de Janeiro. O evento foi organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados (FENADADOS) em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Arena AKXE.
Com participação de diversas personalidades do esporte, o Fórum teve como um dos paletrantes o presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio, que ao final elogiou o encontro.
"Foi muito bom e de extrema importância participar deste fórum, porque tivemos a oportunidade de debater e propor medidas que venham a inibir, cada vez mais, essas ações discriminatórias" - afirmou Alfredo.
O ex-lateral esquerdo Athirson foi um dos convidados, assim como o meia Felipe, que recebeu uma placa de homenagem de reconhecimento ao Vasco da Gama, clube que em 1923 se recusou a demitir negros da equipe para poder participar do campeonato do ano seguinte.
"Jogar no Vasco além de ser um prazer me deixa ainda mais lisonjeado por toda história que o clube tem. Por abrir as portas para os negros, o clube tem papel fundamental na luta contra o racismo. Hoje no futebol não tem espaço para qualquer desigualdade e fazer parte da história do Vasco me deixa muito feliz. É uma satisfação muito grande – disse com exclusividade ao site oficial da equipe da colina.
Detalhe Histórico: Os times não aceitavam jogadores negros no início da história do futebol no Brasil. Os atletas driblavam a proibição alisando o cabelo e cobrindo o rosto com pó-de-arroz para se passarem por brancos. Um dos exemplos mais famosos desta prática é o jogador do Fluminense Carlos Alberto. Durante uma partida de seu clube contra o América, pelo Campeonato Carioca de 1914, a maquiagem que usava começou a escorrer, revelando sua verdadeira cor. A torcida adversária não perdoou e lhe atribuiu o apelido de Pó-de-Arroz.